segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Por essa e todas as outras, despedidas.

Dobrei o guardanapo várias vezes enquanto pensava na vida... faço isso inconscientemente sempre que tenho algum papel na mão. Então olhei em volta, respirei fundo, tão fundo, que parecia mais um suspiro longo depois de uma crise de choro. Aquela mesinha da lanchonete era o único lugar possível de estar,  já não me cabia lugar nenhum no mundo, todos os outros gritavam saudade. Eu, em vão, cantava os segundos em notas agudas, e ria, ria pois, tudo era patético demais pra manter a seriedade.
A vida, os lugares, as pessoas.
É como reservar aquele último pedaço de sobremesa, na esperança de prolongar a sensação, concentrar todo sabor no final, e no minuto seguinte, estarmos sem nada. 
Não sabia dizer adeus, não ainda. 
precisava estar pronta para jogar algumas coisas fora, aceitar a ausência de certas risadas e o vazio dos mesmos lugares. 
é como dizem "tudo passa"
Mas é que eu odeio viver com saudades.

- Myllena Vasconcelos

2 comentários:

  1. Que texto intenso. Parabéns pela sua escrita.
    Adoro ler textos assim. Também escrevo, vez por outra posto no blog, me dá uma satisfação pessoal muito grande... Mas to meio enferrujadinha rs

    www.vodkaescarpin.com.br

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  2. Sim, viver com saudades é sempre muito complicado, com esse vazio ocupando um espação lá dentro :~


    Beijos
    Brilho de Aluguel

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