sábado, 1 de agosto de 2015

daqui a vários dias utéis e inutéis

Era novembro, mesmas portas e janelas.
Parecia chover, mas só por dentro, lá fora, sempre festa.
A alegria armazenada em todo abraço apertado, fez-se terna e eterna em dias solitários, se perpetuando pelas semanas descabidas e os meses monótonos. Eu sorria de segunda a sexta, toda manhã de aula reclamava estufada de felicidade ao sair da cama, e olhar o espelho anunciar mais um dia da minha incansável juventude. O que seria, se não felicidade? Nada menos nobre.
Guardo em silêncio, numa caixa de memórias, todas essas histórias que um dia irei narrar. Com toda alegria e dor que é ter que reviver metades. Os dias mais felizes, e os que nos prendiam na cama, A melhor notícia, e todas as outras que puxaram o tapete,
O primeiro emprego, os amigos de infância, os amores calejados, e as falsas esperanças.
Uma coleção de tudo que coube, no que sou, e no que me tornei.
Reescritos em epistola, endereçados em anônimo.

-Myllena Vasconcelos
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